(Pó ao pó)
Olhando pra fora, através da janela
A vida além dela parece bem normal para mim
Seguindo a mesma velha rotina de novo
Um mundo em preto e branco é só o que consigo ver
A cabeça no travesseiro, preciso de uma pausa pro amanhã
Mantém toda a pressão, agonia e a dor
Mágoa eterna, eternamente engolido
Estou carregando a cruz por todos os pecados que cometi
O beijo da esposa, o abraço do filho
Nenhum filho prodígio perdoará o que fiz
Foi descuidado, divertido
Pervertido e perigoso
Tudo o que eu quis durante toda a minha vida
O velho ditado diz: “cuidado com o que deseja”
Devo temer por estar desejando esta faca?
Pó ao pó
Luxúria desejada
Outra noite aqui, o vento soa assustador
Sussurrando pra mim que é tudo minha culpa
Eu estava no controle, mas não pude comandar
Palavras tão claras, porque o idiota aqui duvidou?
Não é destino que imaginei para mim
A vida não é uma piada, está me tirando para palhaço?
Sem expectativas de um futuro melhor
Poucos amigos próximos, não os escolhidos
A verdade é como o pó, voando livre ao vento
Você pode respirar uma bem diferente da minha
Inspire, expire
Oh anjo, oh anjo, por quê eu não escutei?
Pó ao pó
Luxúria desejada
Sem novo futuro à vista, e sem poder voltar atrás
Como pode ser tão simples pra você perder o rumo?
Nenhuma caminhada pelo parque, nenhum passeio de domingo
Nenhum maldito sorvete vai devolver o sorriso
Sim, está ali, mas eu juro que é falso
O açúcar não é tão doce quanto o dos bolos da vovó
O pó fez pó de todas esperanças, de todos os sonhos
Fez mais um homem infeliz, sem esperanças, sem sonhos
Pó ao pó
Pó ao pó
Pó ao pó
Maldita luxúria desejada
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